quinta-feira, março 18, 2021

Em Não se vai sozinho ao paraíso, primeiro romance que integra a trilogia místico-erótica de Állex Leilla — cujo centro são as micro-histórias de homens e mulheres buscadores do Livro-Real —, conhecemos Micael Rodriguez, um sujeito limítrofe, que tenta se equilibrar entre o sagrado e o profano, a prudência e a luxúria, a disciplina e o excesso, a esperança e a melancolia, após sofrer uma tragédia em que perde a esposa e o primogênito. Em O mal não tem asas, segundo romance da trilogia do Livro-Real, somos convidados a mergulhar no universo de Juliano Borelli, personagem ainda mais trágico e fascinante, que funciona como uma espécie de oposto complementar ou arquirrival espiritual de Micael.
Ambientado na cidade imaginária de Nossa Senhora das Entranhas, paraíso localizado no sul da Bahia, este romance apresenta uma narrativa densa e, ao mesmo tempo, ágil, incorporando no mesmo parágrafo os diálogos do protagonista com os demais personagens, bem como com seu duplo ou demônio, a quem ele chama de parasita.
Trabalhando numa fronteira cada vez mais esgarçada entre realidade, delírio e sonho, a voz de Juliano Borelli narra seus embates entre Bem e Mal, amor e ódio, violência e delicadeza, verdade e mentira, numa busca intensa pelo resgate de seu próprio eu, outrora soterrado por uma tragédia que, vivida na adolescência, o marcou profundamente, cindindo sua percepção de mundo. Escritor bem sucedido, homossexual, autodenominado sádico e vampiro, ele oscila entre a ironia maldosa e a compreensão epifânica da vida, sendo, muitas vezes, desafiado pelo mesmo Deus de quem ele foge, mas de quem deseja, desesperadamente, o perdão.
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