sábado, março 17, 2012

Morrisseriana


Não choveu uma chuva desesperada sobre mim. Não entraram outra vez os raios de sol da primeira manhã em que te descobri, vivo, nalgum canto do planeta, cantando pra mim. Não abriram as derradeiras flores do dia, estupendas, coloridas, pra que eu te levasse braçadas delas em agradecimento. Os carros não cessaram lá fora. As pessoas não cessaram ao redor. Mas dentro da luz – a tua, somente a tua –, no espaço único onde apenas cores e sons juntos a tua imagem reinam, nada existia além/aquém, éramos somente eu e tua voz.

Em Não se vai sozinho ao paraíso, primeiro romance que integra a trilogia místico-erótica de Állex Leilla — cujo centro são as micro-...