domingo, novembro 21, 2010


Imagem disponível originalmente em:http://notrombone.files.wordpress.com/2007/07/green-tree.jpg

Não se acostumar com a voracidade dos dias. Todo ano é certo: depois de agosto tudo foge num piscar de olhos. De repente, o tempo também vira, e no meio de um calor que se pensava infernal, cai uma chuva santa. Ameniza fora, mas raramente dentro.
Deve passar mais um dia naquela zona estranha entre o que já se sabe "dia" e uma sensação de que "algo" novo vem aí e poderá se-nos renovar, se-nos supreender.
O quê?
É possível?
Sim? Não?
No espaço do impreciso, novamente, navegamos.

quarta-feira, novembro 03, 2010


São coisas esparsas, que brilham, escorregam, fogem no ar. Talvez areia luminosa, pensei. Mas, em seguida, podia ouvir tua voz tão nítida, me atalhando, consertando, trata-se de um tipo de fuligem, é o que diz você.
Do outro lado, esta certeza: com ou sem brilho, os objetos varam o campo de visão e me dizem que você, aqui, não está. Aqui, você falta. Aqui, você zera.
São pequenezas que trazem e levam o ontem-você de mim. Coisas sobre as quais não se consegue fixar luz. Serão nossos olhos os únicos donos de toda a luz necessária pra iluminar/fazer sumir os objetos? São, de fato, os nossos olhos que vomitam esta luz fugidia sobre o mundo?

Em Não se vai sozinho ao paraíso, primeiro romance que integra a trilogia místico-erótica de Állex Leilla — cujo centro são as micro-...