quarta-feira, outubro 21, 2009



Escritora Állex Leilla desconstrói o mito do amor romântico e seus clichês

Os filmes Antes do amanhecer e Antes do pôr do sol do diretor norte americano Richard Linklater são o mote para o debate acerca da função do amor romântico na literatura

A escritora Állex Leilla volta ao Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM) para mais um trabalho. Na oficina intitulada “O tempo do amor hoje. Uma coreografia em pedaços”. A oficina será ministrada no Espaço Educativo Sophie Calle (Galpão de Oficinas do MAM) nos dias 22 e 23 de outubro, das 15:30h às 18:30h. Serão 15 vagas e as inscrições deverão ser feitas pelo (71) 3117 6141, ou no local com 30 minutos de antecedência.

Na oficina, Leilla propõe uma problematização do mito do amor romântico e da procura da alma gêmea, discutindo valores, crenças e clichês que fazem parte do culto do amor romântico, isso tudo a partir da análise de trechos dos filmes Antes do amanhecer e Antes do pôr do sol do diretor norte americano Richard Linklater.

Segundo Állex Leilla, a escolha dos filmes de Richard Linklater como mote para os debates, se deu por eles tentarem colocar no plano dialógico a questão da necessidade de busca da alma gêmea nos tempos de hoje. Ora eles fornecem uma crítica a essa projeção romântica, ora apostam numa espécie de cumplicidade capaz de preencher essa lacuna amorosa. “Gosto da forma como Linklater aborda temas complexos como amor, paixão, projeção, desejo, sempre problematizando os assuntos”, afirma Állex.

Ao fim dos encontros, serão desenvolvidas atividades práticas de escrita que reelaborem ou desconstruam o mito do amor romântico, além de apresentação de conceitos, debates e interpretação de cenas e produção.

Após essa oficina, a escritora ainda volta no dia 18 de novembro para fechar as atividades da curadoria educativa de Cuide de você, exposição que segue até o dia 22 de novembro, com o seminário Tudo o que eu nunca te disse: Sophie Calle & Ana Cristina César, onde ela reflete sobre as vantagens e desvantagens de enquadrar certas produções poéticas e artísticas no gênero autobiografia.

Núcleo de Comunicação
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Contato:
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Leonardo Parente
Jornalista
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Papo literário: Escritora Állex Leilla ministra minicurso no MAM-BA

Um paralelo entre os recursos da obra da francesa Sophie Calle e artistas e escritores como Renato Russo e Caio Fernando Abreu norteiam o minicurso no Espaço Educativo Sophie Calle

Uma análise paralela entre a obra de Sophie Calle e os recursos presentes nas obras de personalidades como Caio Fernando Abreu e Renato Russo, serão debatidos no minicurso Infinitamente pessoal: Eu, você, eles e nós. O curso será ministrado pela escritora e doutora em letras Állex Leilla, no Espaço Educativo Sophie Calle (Galpão de Oficinas do MAM), nos dias 14, 15 e 16 de outubro, das 14h às 17h. O curso é gratuito. Mais informações (71) 3117-6141.

Em Infinitamente pessoal: Eu, você, eles e nós, será feita uma extensão de questões interessantes trazidas pela obra de Sophie, como a relação entre o artista e público; a existência ou não de personas mediando o produto e a recepção dele; a intervenção do biográfico na criação e os limites cada vez mais tênues e complexos entre o pessoal e o ficcional. “Serão apresentadas formas artísticas, leituras e maneiras de produção, ou seja, além de teoria e do debate, vamos trabalhar, nestes três dias, também com a criação”, informa Leilla.

O minicurso dá seqüência às atividades da Curadoria Educativa de Cuide de você que segue até o fim da exposição (22/11). Na semana passada, foram realizados seminário, minicurso e oficina pelo fotógrafo Edgard Oliva, com as vagas sempre muito disputadas e participação ativa do público.

Állex Leilla é escritora com quatro livros publicados: Obscuros (contos,1999), Henrique (romance, 2001), O sol que a chuva apagou (novela, 2009) e o livro de contos Urbanos, que em 1997 lhe rendeu o prêmio COPENE, o atual Prêmio Brasken de Literatura. Leilla leciona também literatura portuguesa na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e é professora da Universidade Federal da Bahia

Em relação à obra de Sophie Calle, Állex Leilla traça um paralelo de características em comum. “Creio que temos as mesmas preocupações com as questões da nossa época, o que está acontecendo ao nosso redor, e em trazer, para a escrita, a arte”.

O MAM-Ba é um dos 13 espaços culturais do IPAC (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia), órgão da Secretaria de Cultura do Estado.

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Em Não se vai sozinho ao paraíso, primeiro romance que integra a trilogia místico-erótica de Állex Leilla — cujo centro são as micro-...