segunda-feira, novembro 30, 2009


Impossível seria se a boca acompanhasse, ávida, certeira, os pensamentos, tantos, nus, vivos, estranhos, que jogamos no ar, às moscas, aos serezinhos invisíveis que nos espreitam, nos acolhem ou nos indiferençam. Impossível porque a convivência, porta cada vez mais estreita, esfacelar-se-ia ainda mais (e isso é possível?) aqui na terra.

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Possível seria, quiçá agora, aquela estranha coincidência da boca minha na sua, enquanto os pensamentos, meus nos seus, fariam curvas, dançariam caminhos, encontrar-se-iam, uníssonos, nus, vivos.

2 comentários:

  1. Anônimo1:26 AM

    Reli seu texto muitas vezes. Só para viajar no ritmo, na sonoridade e na imagem da poesia. Este movimento de um desejo que a gente quer pegar, sentir. E pega. E sente.
    Sei lá. Sei que gostei demais.
    Abraço.
    Flamarion.

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  2. Passo sempre por aqui, vc sabe.
    Hoje é para desejar um Feliz Natal. Beijo e minha admiração.

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