O sol que a chuva apagou é uma novela que traz um clima de diário de bordo ou de estrada, no clima sexo, drogas, delicadeza e rock in roll, dialogando de longe com "On the road", de Jack Kerouac. Apesar de ter começo, meio e fim, também pode funcionar como fragmentos, anotações sobre a perda de um grande amor e o início de outro, pois foi elaborada a partir da voz de um personagem que está finalizando uma etapa de sua vida e iniciando outra. Thiago era professor, casado, morava na Inglaterra, mas de repente seu companheiro morre, ele então retorna ao Brasil e é convidado a integrar a banda do irmão mais velho, onde entra para ocupar o lugar de um baixista que havia saído. Na banda, ele acaba se apaixonando por um dos músicos. O texto, então, tem esse ritmo de transição, são pequenos intervalos entre o eu e o mundo, como quando o externo nos joga pra dentro de nós mesmos e nossa interioridade, segundos depois, nos joga pra fora. No livro, os intervalos não mostram ao leitor se foram dias, semanas, horas ou segundos decorridos entre uma ação e outra. Em vez disso, trabalha-se com a perspectiva de se capturar esse tempo interno, singular, único. Assim, a história ensaia uma pergunta do começo ao fim: como se posicionar dentro de certas fases de transição em que vemos claramente que alguns ciclos de nossa vida estão se fechando e outros se abrem inesperadamente, como o sol depois da chuva?
Vestígios da Senhorita B. é um pequeno bilhete, a última fotografia: ela, já de costas para o mundo, esperando o trem que a levaria para a sua nova vida. Uma cama, um vestido, um livro: vestígios. Alguém que foge sem que se saiba o porquê. Ela: a Senhorita B. Construído com o corpo, o livro propõe uma busca sobre o verdadeiro sentido da palavra identidade. Como delimitar apenas com um combinado de letras a existência de cada ser? Sim, o nosso nome é a única coisa imutável que carregamos conosco, durante as nossas vidas. Mas como um singelo nome pode dar conta das múltiplas transformações que sofremos com o passar dos anos? Qual o limite existente entre o personagem e o autor durante o processo de escrita? Não é a literatura um meio de poder ser muitos outros? E por que precisamos dela, se não conseguimos pertencer sendo apenas um? O livro pode este ser lido tanto como uma novela quanto como um conjunto de contos. Também pode ser visto como um álbum de fotografias onde as legendas contam uma história através da poesia. E, sim, de certa forma, o Vestígios da Senhorita B. é um livro de memórias. Mas memórias de quem? Daquela que escreve, da que se diz personagem ou da que preferiu desertar no meio do caminho? Memórias reais ou inventadas? Ora, não importa. Porque qualquer memória é sempre verdadeira. Entre enredos, tempos e significados. Este é o Vestígios da Senhorita B.
Deu uma vontade louca de ler.
ResponderExcluir;*
Então, vou lá, atrás dos vestígios e da chuva que o sol acendeu!
ResponderExcluirBeijos
oi moça tudo bom , primeiro parabens pelo lançamento do livros e infelizmente não poderei estar presente trabalho e moro em serrinha, mais gostaria de saber como faço p/ poder adquirir o livro ???
ResponderExcluirtb escrevo pequenos contos en um blog http://diariodeenzodemarco.blogspot.com/ depois passa láe deixe um recadinho
abração
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ResponderExcluirÁllex,
ResponderExcluirParabéns pelo livro!
Gostei muito, principalmente do epílogo. Eu estava na torcida.
Abraços.
Muito me agradou o teu "O Sol que a chuva apagou". Um road book vibrante recheado de música pop. Só faltou um alerta na primeira página: LEIA NO VOLUME MÁXIMO.
ResponderExcluirLeilla,
ResponderExcluirque llindo!!!
adorei a bem cuidadosa correspondência
bjs
AssioNara
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ResponderExcluirEstá decidido. Quando for ao Brasil, ou melhor, quando regressar ao universo baiano, EU COMPRO!
ResponderExcluirOlá Leilla
ResponderExcluirQue bom encontrá-la aqui pelo universo virtual.
Tenho teu livro Henrique autografado, lembras de mim?
Visite meu blog também.
Em breve estarei lançando meu terceiro livro em Floripa SC.
Abraços e parabéns pelas palavras ...