segunda-feira, setembro 17, 2007

E digo que tem sido isto: pequenos pedaços de sono, eu me alargando, a cama se alargando, os lençóis se alargando, o mundo, espaços enormes, brancos, ameaçadores, vazios, que volta e meia me fazem tão mal.
Sim, tão somente isto: a ausência de tua temperatura, de teu cheiro, aqueles pêlos teus que vão caindo, um lá, outro aqui, a noite inteira, pra na manhã grudarem-se aos meus.
Francamente isto: eu sozinha dentro do quarto, dentro da rua, dentro da esquina, dentro do bairro, dentro da cidade, dentro do país, dentro da vida.
Mas não por mania ou tique nervoso, que tem sido assim, mas sem gravidade ou nervura, tem sido assim, você na sala, no tapete, enfim, digo: tem sido difícil aprender a dormir novamente sem você.

Em Não se vai sozinho ao paraíso, primeiro romance que integra a trilogia místico-erótica de Állex Leilla — cujo centro são as micro-...