sexta-feira, julho 20, 2007


PAPOULAS DE JULHO
Ó papoulinhas pequenas flamas do inferno,
Então não fazem mal?
Vocês vibram. É impossível tocá-las.
Eu ponho as mãos entre as flamas. Nada me queima.
E me fatiga ficar a olhá-las
Assim vibrantes, enrugadas e rubras, como a pele de uma boca.
Uma boca sangrando.
Pequenas franjas sangrentas!
Há vapores que não posso tocar.
Onde estão os narcóticos, as repugnantes cápsulas?
Se eu pudesse sangrar, ou dormir!
Se minha boca pudesse unir-se a tal ferida !
Ou que seus licores filtrem-se em mim, nessa cápsula de vidro,
Entorpecendo e apaziguando.
Mas sem cor. Sem cor alguma.
(Sylvia Plath/ Tradução de Afonso Félix de Souza )

6 comentários:

  1. Oba!! Mais um livro de Àllex pra eu leeer!! E é claro que vai ser autografado não é?! Pode levar no primeiro dia de aula viu??(Ainda tiro onda..)
    =]

    Estou ansioso pra ler seu livro e voltar as aulas!

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  2. É uma honra prá mim ter o anjo baldio linkado neste teu blog maravilhoso. Fiquei muito feliz. Um forte abraço.

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  3. Anônimo6:07 PM

    poeminha sofrido esse, há coisas melhres da ecritora,

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  4. Tá bom, Ediney, el conhecedor de moças brancas suicidas que engolem gás enquanto os filhos dormem... dá próxima vez você me dá uma assessoria!

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  5. Anônimo7:34 PM

    Esse Ediney, hein?, vou te contar...

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  6. Alessandra, preciso de um e-mail ou telefone que possa entrar em contato com você, para uma matéria no Jornal do Brasil. marianafilgueiras@jb.com.br // marianafilgueiras@gmail.com // 21 21014661

    obrigada,

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